sábado, 4 de abril de 2009

Não deixe o mar te engolir (ou deixe?)

Uma das grandes vantagens de estar sempre correndo atrás das ondas, é poder usar essa desuclpa para dar uma escapada das obrigações e encontrar uma daquelas viagens inesquecíveis, onde as contas são pagas pelo número de tubos ou pelas ondas incríveis que voltam na bagagem. Só para exemplificar, normalmente a galera que vai pra Indonésia volta fazendo uma conta mais ou menos assim: a passagem custou U$D 2500 e eu tirei uns 15 tubos daqueles; ou seja, cada tubo me custou aproximadamente 160 doletas. Está valendo! 

Ano passado o que teve de gente fazendo as malas e embarcando para o outro lado do mundo, mais precisamente para a Indonésia ou redondezas, aproveitando a força da nossa moeda e o momento positivo da economia brasileira, não foi brincadeira (inclusive eu, que também tive essa sorte). Mas agora os tempos são outros e nosso querido real já não vale mais tanto quanto antes, a crise chegou com tudo e viajar se tornou um sonho distante. Será? Eu não penso assim.

É claro que meus planos de 2008 de conhecer as Maldivas não poderão se concretizar em 2009, mas, nem por isso eu vou ficar em casa. O que não faltam são opções e ondas de nível internacional dentro do nosso continente e dentro de um orçamento razoável. É só usar a imaginação e procurar em sites especializados, ou até mesmo no fenômeno Google Earth, programinha incrível, onde um pouco de conhecimento de ondulações e outros pequenos detalhes, nos permitem saber se é possível surfar nos mais remotos cantos do planeta.

Peru é de longe o melhor lugar para pegar altas e gastar pouco. Tanto no sul, quanto no norte, quase todas as praias são favoráveis ao surfe, apesar do país não ser lá essas coisas e a água estar mais próxima do gelo do que de qualquer outra coisa (principalmente lá embaixo). Hospedagem e alimentação são quase de graça e a passagem aérea também é baratinha.

Ainda tem Chile, Equador e ainda, a nova onda, que é a selva da Colômbia, onde as coisas também funcionam legal… menos as FARC, mas isso ai dá para evitar. E pra quem tem um pouco mais de grana, a América Central oferece outras opções até melhores que pelo Sul.

Normalmente, a maioria dos destinos oferecem opções em conta para se comer e dormir e o que pega é entrar no avião. Mas para isso existe o sistema de milhagem. Que maravilha! O que seria de mim e muitos outros sem essa oportunidade? Tudo bem que você vai parando em todos os aeroportos que existem pelo caminho, mas para quem ainda é jovem e “durango”, só de chegar aonde se quer, subir em cima de uma prancha e abrir aquele sorriso bobo depois de um tubo, paga todos os perrengues.

Há ainda mais uma saída: explorar a costa brasileira que, mesmo com muita gente dizendo ser horrível para a prática de nosso esporte, conta com milhares de praias, ondas bem divertidas e, um ponto positivo, é muito constante. Na Bahia, o fundo é quase igual ao da Indonésia, com bancadas de coral espalhadas de norte a sul. São Paulo e Santa Catarina disputam o posto de melhores estados do país. No Espírito Santo é só procurar pelos fundos de pedra que existem na região. E pra quem gosta de marola, visite o Nordeste!!

Eu tenho para mim que pelo menos uma vez por ano quero viajar, seja como for e, espero continuar seguindo essa filosofia. Enfim, a idéia é não ficar parado e continuar indo atrás das ondas, conhecendo culturas e pessoas diferentes e aproveitando o lado mais divertido do surfe. Seja usando milhas, quebrando o cofrinho, trabalhando ou, pra quem ainda pode, pedindo uma ajudinha à família...

Parafraseando nosso querido presidente: A crise é apenas uma marolinha, não deixe ela te afogar!

 

 

2 comentários:

Raiana Monteiro disse...

Bahia = Indonésia
Todas as direitas di mundo = Matinhos..
lembrou de alguém???
hahahahahahaha
valeu Gustavinho...

Unknown disse...

ooo delicia que é viajar .. boa viagem!!!