segunda-feira, 21 de setembro de 2009

BALI BAGUS!


Transport! Massage! Bagus, bagus!

Quem já foi até Kuta, bairro considerado o centro comercial e de entretenimento de Bali e onde se concentra quase tudo, exceto as ondas, sabe bem o que significa essas palavras. A quantidade de nativos tentando te empurrar desde uma simples massagem, até transporte de moto para onde quer que seja é impressionante e, muitas vezes, acaba torrando a sua paciência. Mas calma lá! Estamos no paraíso! Um simples, não, obrigado é mais do que suficiente.

A primeira trip para Bali ninguém esquece. Assim que pisei na ilha mais famosa da Indonésia, confesso, fiquei extasiado. Durante os primeiros dias, deixei a pranchinha de lado e cai mesmo nas nights, afinal, estava relativamente longe das notórias ondas e já havia passado dez dias intensos de muito surfe nas Mentawais.

Pessoas de todos os lugares do planeta: Austrália, Brasil, Japão, Holanda, França, Suécia, Suiça... se unem num clima de descontração, deixam de lado preocupações cotidianas e aproveitam para curtir momentos únicos e inesquecíveis. O sentimento parece ser geral e as coisas fluem como se todos estivessem no céu. O verdadeiro céu na terra!

Depois de algumas festas regadas a muita dança, Kratingdaeng (o verdadeiro energético local) e amigos brasileiros, que encontrei por acaso entre uma boate e outra, aluguei minha motoca – aqui, vale a sugestão: o preço é bom e vale a pena – e rumei para as praias, tendo como primeira escala Uluwatu.

De Kuta até a peninsula de Bukit, onde estão situadas essas máquinas de tubos para a esquerda, que fazem de Bali um paraíso para os surfistas, são aproximadamente 30 minutos, num trânsito caótico, que mistura carros, caminhões, motos, motos e mais motos e até charretes, mas que no fim das contas, todos se entendem.

Acho que no surfe, o momento mais marcante em Bali foi descer a caverna de Uluwatu, remar até o outside na maré secando e, nesse meio tempo, observar a galera colocando para dentro dos canudos na sessão conhecida como Inside Corner. Aquilo ali, para mim, foi emocionante e até hoje tenho esse momento guardado na caixola – e espero mantê-lo para sempre na memória.

Padang Padang não estava grandes coisas no dia em que cheguei, mas ficar na curta faixa de areia, pegando sol e observando as meninas, que sem o menor pudor, deixam a parte de cima do biquini dentro da bolsa, foi maravilhoso.

Mais alguns dias de festas, Mie Goreng (prato local na região) e compras, rumei para o outro lado da ilha, atrás de um pico conhecido como Keramas. Finalmente uma direita, depois de quaze 20 dias surfando apenas de backside e passando um veneno – confesso, meu surfe não é grande coisas, ainda mais de costas para as ondas. Mais um momento mágico... Tubos, manobras e muita discontração com a galera era tudo o que eu precisava para arrumar as malas e retornar ao Brasil. O rodo cotidiano sentia minha falta e mamãe já estava com saudades.

A volta é aquela hora que todos querem distância. Abandonar Bali e enfrentar trezentas horas entre avião e aeroporto, fuso horário e as ondas do Brasil não foi fácil, mas já prometi para mim mesmo que um dia aquele ilha terá minha presença novamente. Enquanto isso, restam as fotos e as lembranças, além é claro, dessas palavras, breves mas sinceras.

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